O estudo, que analisa dados de 800 mil clientes com boletos vencidos há mais de 60 dias sem pagamento ou que foram pagos com atraso de mais de 60 dias, foi apresentado durante o Superlógica Next 2024, segundo publicação no Estadão.
De acordo com o Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, empresa que desenvolve tecnologias para o mercado de condomínios, Paraíba (13,86%), Amazonas (10,68%), Rondônia (9,19%), Maranhão (6,65%), Pará (5,40%) e Acre (5,18%) são os estados mais inadimplentes do País. No outro extremo, Santa Catarina (2,03%), Sergipe (2,06%), Distrito Federal (2,13%), Mato Grosso do Sul (2,54%), Minas Gerais (2,54%) e Rio Grande do Sul (2,56%) são os estados com o menor número de inadimplentes.
O diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica, explica que a inadimplência está relacionada a fatores macroeconômicos da região e do País, como desemprego e PIB.
“O aluguel é, em geral, o maior desafio sobre a renda do brasileiro que não tem imóvel próprio”, analisa. “O Centro-sul tem uma economia mais pungente e uma taxa baixa de desemprego. Ao passo que o Nordeste e o Norte dependem de incentivos governamentais e tem maiores taxas de desemprego, por exemplo”, sintetiza o executivo.
Cenário nacional – Segundo publicação no Estadão, cerca de três em cada 10 brasileiros atrasaram ou não pagaram o aluguel nos últimos 60 dias. Outubro chegou ao fim com taxa de inadimplência de 3,31%. O número simboliza alta de 0,17% em relação a setembro, mas é o terceiro mês com menos inadimplência no ano – 0,55% menor do que em fevereiro e abril, quando registrou o pico do ano.
A maior taxa de inadimplência foi observada entre o público que aluga casas de alto padrão e pagam aluguéis acima de R$ 13 mil (6,08%).
“As garantias necessárias para alugar estes imóveis são muito altas e as locadoras costumam abrir exceções, permitindo a locação sem garantia. Este cenário pode desembocar na inadimplência”, aponta Neto.
Já a menor taxa de inadimplência englobou os imóveis de R$ 2 mil a R$ 3 mil. O estudo também mostra que pessoas que moram em casas têm uma taxa de inadimplência (3,79%) maior do que quem vive em apartamentos (2,34%).