A ministra do Orçamento e Planejamento, Simone Tebet, esteve na tarde de hoje (18) no receptivo do governo do Estado, no Parque do Prosa, em Campo Grande, para debater com o governador Eduardo Riedel (PSDB) pacote de obras de infraestrutura em parceria com o governo federal.
O acesso à ponte sobre o Rio Paraguai, que ligará Carmelo Peralta, no Paraguai, a Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, entrou na pauta. A nova alça é essencial para viabilizar o projeto da Rota Bioceânica e, assim, encurtar o caminho de Mato Grosso do Sul para o Oceano Pacífico.
A obra, que já foi iniciada, está sendo feita pelo governo federal, tem o investimento de R$ 472,4 milhões. Lá será pavimentado um trecho de 13 km ligando a BR-267 até o local onde está sendo construída a ponte binacional, entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta.
Além da alça, está previsto a construção de um centro aduaneiro e um trabalho de terraplanagem, para um acesso elevado à ponte.
O Ministério de Obras Públicas e Comunicações (MOPC) do Paraguai anunciou, na última quinta-feira (14), que a previsão de conclusão da ponte foi revista e agora está marcada para março de 2026.
A mudança na data de entrega é resultado do avanço das obras, que atualmente alcançam 62% de execução. Anteriormente, a conclusão da ponte estava prevista para o final de 2025.
Infraestrutura – Também foi discutido o contorno rodoviário em Três Lagoas, assim como a restauração de estradas e rodovias federais dentro do Mato Grosso do Sul. A ministra também se inteirou da concessão das rodovias que fazem parte da “Rota da Celulose”, que vão a leilão no próximo dia 6 de dezembro. Neste pacote estão trechos da BR-262 (Campo Grande a Três Lagoas) e BR-267 (Bataguassu a Nova Alvorada do Sul) que foram cedidos pela União ao Estado.
“Concedemos as duas rodovias (BR-262 e BR-267) ao Estado para que elas sejam levadas ao leilão, que tenho certeza que será exitoso. Além das obras e rodovias, também discutimos parcerias importantes com o Estado, como os investimentos na saúde e educação, que possuem obras do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento)”, afirmou a ministra.
Simone ainda citou o acordo histórico selado entre proprietários rurais, lideranças indígenas em Antônio João, para colocar fim no conflito nesta região que se arrastava há mais de 25 anos. “Já foi feito o primeiro pagamento que é das benfeitorias e o restante segue em precatórios para pagar em 2026. Foi aberto um precedente positivo, que traz paz no campo e atende aos dois lados”.
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Fonte: Diario do Conesul