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Mulher é resgatada após ser mantida 15 anos em cárcere por militar

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Conforme apurou o Campo Grande News, o casal, que tem dois filhos – menino de 8 e menina de 6 – estava junto há 17 anos e morava no Amazonas, até que o subtenente foi transferido para Aquidauana e então ela passou a ser proibida de manter contato e visitar a família que mora na região Norte do país.

Para manter a mulher presa, o militar fazia ameaças dizendo que caso ela saísse ele tinha arma de fogo em casa e ela sabia o que aconteceria. Além disso, prometia que a levaria para visitar a família, porém, caso ela fizesse algo que ele não aprovasse, a viajem era adiada e ainda ameaçava de afastá-la dos filhos caso ela decidisse ir para o Amazonas.

A investigação ainda apontou que o pai da vítima chegou a buscá-la há alguns anos e encontraram a mulher há sete dias sem tomar banho, sem fazer qualquer tipo de higiene pessoal e levantou suspeitas de que o militar estivesse dopando a esposa com algum remédio para mantê-la presa.

Na ocasião, o pai conseguiu levá-la para o Amazonas, mas sem as duas crianças já que o militar não autorizou que eles fossem juntos. Foi assim que ele conseguiu que a vítima voltasse para casa algum tempo depois e o ciclo de violência continuou, de forma pior, até novembro deste ano quando ela foi resgatada.

O homem se mudou para Anastácio, há mais de 15 anos. Recentemente a família chegou a ficar sem notícias da mulher por três meses porque o militar foi com a esposa e filhos para a Bolívia. Em certo momento, ela conseguiu ligar para a mãe em uma parada de ônibus, mandar a localização e pedir socorro.

Resgate – Foi através dessa ligação que um primo da mulher, que também é militar, acionou a equipe do Promuse (Programa Mulher Segura) da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul ficou sabendo da situação no final de outubro. Ele encaminhou cópias do documento da vítima e as informações sobre a família foram levantadas.

Por conta do medo que a mulher tinha da polícia, a equipe do Promuse trabalhou com cautela para ter acesso à família. Foi pedido apoio do CRAM (Centro de Referência de Atendimento à Mulher) e foram à casa da vítima, em um dia em que o subtenente não estava.

A princípio ela não quis atender as equipes,  até que um dos integrantes informou que haviam sido chamados pela mãe da mulher, foi então que a vítima foi até o portão da residência, porém,  ela não quis ir embora porque o filho havia saído com o marido.

Um mês depois a mãe da mulher avisou a equipe que estava vindo de Manaus e gostaria de ajuda para retirá-la da casa. Ela veio acompanhada de um dos irmãos da vítima, eles ficaram em um hotel custeado pelo CRAM de forma que o subtenente não soubesse, porque ele já estava com um motorhome equipado para fugir com a família.

De forma rápida as equipes do CRAM e da PM conseguiram ajustar para que a mulher arrumasse suas malas e saísse da casa. O Conselho Tutelar foi avisado porque o militar se negou a entregar as crianças. Ele dizia que a esposa era doente e não cuidava dos filhos e que a residência era suja por culpa dela.

Foi então que equipe do Promuse conversou com ele e afirmou que ele deveria liberá-la para tratamento já que ela estava doente e que eles a levariam para delegacia porque se ele tinha condições poderia pagar uma pessoa para cuidar da residência. Ele então liberou o filho e todos saíram do local.

Um boletim de ocorrência de violência doméstica foi registrado na Delegacia de Polícia Civil de Anastácio no dia 25 de novembro deste ano e medida protetiva foi concedida pela Justiça para a mulher que foi levada pela família para Manaus e já está se recuperando. Na ocasião, ela estava há dias sem tomar banho.

A reportagem entrou em contato com o CMO (Comando Militar do Oeste) e aguarda o retorno.

Fonte: Diário do Conesul

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