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Deputados de MS divergem sobre ato terrorista em Brasília

De barulho, muitos boatos e até “bomba de fogos de artifício”, deputados sul-mato-grossenses relataram o que aconteceu durante a noite de quarta-feira (13), após o atentado na Praça dos Três Poderes em Brasília.

A Câmara dos Deputados estava em sessão para votar a PEC das Igrejas, quando o veículo explodiu no anexo IV, nas proximidades do prédio, e outro artefato em frente à estátua do Supremo Tribunal Federal (STF).

Enquanto ministros e servidores foram evacuados do STF, na Câmara, os deputados ficaram confinados aguardando a varredura do esquadrão antibombas, que verificava se não havia mais artefatos explosivos.

Estavam na sessão os deputados Camila Jara (PT-MS), Dagoberto Nogueira (PSDB-MS), Geraldo Resende (PSDB-MS), Luiz Ovando (PP-MS), Marcos Pollon (PL-MS) e Rodolfo Nogueira (PL-MS).

O deputado Vander Loubet (PT-MS) cumpria agenda fora de Brasília, acompanhando o ministro da Educação, que esteve em Campo Grande anunciando aumento no programa Pé de Meia do governo federal.

Enquanto alguns parlamentares contaram a tensão pelos corredores dos gabinetes, Rodolfo Nogueira, mais conhecido como Gordinho do Bolsonaro, relatou que não ficou preocupado.

“Eu estava tranquilo, pois as notícias eram de que o carro explodiu com fogos de artifício”, disse Rodolfo, e completou: “Ao que tudo indica, foi um caso isolado, a pessoa passava por um problema de família e depressão.”

Segundo o Gordinho do Bolsonaro, parlamentares do PSOL começaram a tumultuar a sessão para impedir o andamento da pauta, que era relacionada à isenção de impostos à igreja.

Em outra linha, o deputado Geraldo Resende foi categórico ao afirmar que o clima no plenário era de “apreensão e profunda consternação”.

Sessão suspensa

Diante do cenário de falta de informações, ele disse que alguns pares pediram a suspensão da sessão, o que foi atendido pelo presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL).

Entre eles estava Camila Jara, que, conforme noticiou o Correio do Estado, usou o X (antigo Twitter) para publicar que não havia justificativa para arriscar mais vidas.

Na mesma esteira, Dagoberto informou que, de início, os deputados não tinham noção do que estava acontecendo na Praça dos Três Poderes. A sessão foi suspensa e, posteriormente, foram informados do cancelamento.

“Falaram para a gente ir para casa, inclusive os funcionários, para não ficar ninguém no prédio, que passaria por uma varredura. Era tanto boato que a gente não sabia o que estava acontecendo. Só fui saber quando cheguei no meu apartamento, que aí fui ver os fatos ocorridos”, pontuou Dagoberto.

Dagoberto enxerga o episódio com preocupação, em função do clima de ódio que ele aponta ter sido criado nos últimos anos no país.

“As pessoas acham que podem fazer de tudo, que não tem regra, não tem lei, e aí ameaçam o Supremo, as instituições. Então, é uma coisa muito triste isso que o Brasil está vivendo, em função das circunstâncias dos últimos anos”, disse Dagoberto.

A reportagem tentou contato com os deputados Marcos Pollon, Camila Jara e Luiz Ovando, mas, até o fechamento do material, não obteve resposta.


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Fonte: Diário do Conesul

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