A Nippon Steel, do Japão, anunciou nesta quinta-feira (26) a extensão do prazo para a conclusão da compra de US$ 14,9 bilhões da U.S. Steel.
O novo prazo foi alterado para o primeiro trimestre de 2025, em vez do terceiro ou quarto trimestre de 2024, enquanto o presidente dos EUA, Joe Biden, avalia se bloqueará ou não o acordo.
A transação, firmada em um leilão em dezembro passado, enfrentou resistência do poderoso sindicato United Steelworkers (USW) e de políticos americanos. Biden já declarou que deseja que a U.S. Steel permaneça sob propriedade e operação doméstica, enquanto o presidente eleito Donald Trump prometeu barrar o acordo assim que assumir o cargo, em janeiro.
Na última segunda-feira, o comitê que analisa acordos estrangeiros nos EUA por preocupações de segurança encaminhou a decisão final a Biden, que tem 15 dias para se pronunciar. Caso não tome nenhuma ação, o acordo será aprovado automaticamente.
“Nippon Steel espera que o presidente use este tempo para realizar uma avaliação justa e baseada em fatos da aquisição. Continuamos confiantes de que a aquisição protegerá e fortalecerá a U.S. Steel”, afirmou a empresa em comunicado.
As ações da U.S. Steel subiram 1,7% no pré-mercado, mas ainda não atingiram o preço de oferta de US$ 55 por ação, refletindo as preocupações dos investidores sobre o cronograma para a conclusão do acordo.
O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, já havia solicitado a Biden, em novembro, que aprovasse a fusão para evitar atritos nas recentes iniciativas de fortalecimento das relações entre os dois países.
Além disso, a Nippon Steel informou que a divisão antitruste do Departamento de Justiça dos EUA está analisando o acordo, sem especificar um prazo para a conclusão da revisão.
Apesar da oposição, os acionistas da U.S. Steel aprovaram amplamente a aquisição em uma votação realizada em abril. Para aliviar as preocupações, a Nippon Steel ofereceu transferir sua sede nos EUA para Pittsburgh, onde a U.S. Steel está localizada, e prometeu honrar todos os acordos existentes entre a empresa americana e o sindicato USW.
Fonte: TIMES BRASIL