O alerta faz parte das ações alusivas ao mês da prematuridade, o Novembro Roxo. Esse levantamento foi feito em 17 estados e mostrou que a quantidade está inferior ao recomendado, que é de quatro leitos por mil nascidos vivos.
Foram avaliados apenas a performance do setor público, ou seja, os leitos de UTI neonatal disponíveis para o SUS (Sistema Único de Saúde). Segundo a pesquisa, nenhum estado alcança o parâmetro recomendado pelos especialistas e somente 11 estados superam ou igualam a média nacional – Mato Grosso do Sul não é um deles.
Nosso Estado apresentou 61 leitos públicos, o que representa dois leitos para cada mil nascidos vivos, levando em consideração que 40,2 mil bebês nasceram em 2023. Pelos cálculos da pesquisa, é preciso a abertura de mais 41 acomodações para esse público.
Para a presidente da Associação, Patrícia Mello, todo país enfrenta desafios quando se trata de oferecer estrutura adequada para bebês prematuros. “A falta de leitos de UTI neonatal em algumas localidades, a desigualdade na distribuição de recursos e a sobrecarga do SUS são questões que afetam diretamente a saúde dessas crianças vulneráveis”, destacou. O levantamento completo foi disponibilizado pela Amib neste link.
Determinação – No começo do mês, 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, impôs, por agravo de instrumento, o cumprimento do pedido para criação de 77 leitos pediátricos nas unidades hospitalares de Campo Grande.
Com o levantamento, a promotoria orienta que o número de leitos necessários para atender suficientemente os recém-nascidos geraria em torno de 83 UTIs, 83 Ucinco e 41 Ucinca (Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Canguru).